sexta-feira, 2 de setembro de 2016

PREVIDÊNCIA, QUAL A SOLUÇÃO NO HORIZONTE ?

O novo Presidente do Brasil  Sr.Michael Temer, mal empossado,  já tem os mesmos e velhos desafios conhecidos sem uma solução definitiva,  tanto no Brasil,  como também no mundo todo.
Talvez entre os mais emblemático deles,   temos a conta da previdência  que a luz de um futuro bem próximo, necessitará constantemente de ajustes devido  o Brasil continuar envelhecendo a taxas mais aceleradas do que a média mundial.
O Brasil gasta 11% do seu PIB com pagamentos a 10% dos seus aposentados, enquanto o Japão tem nesta mesma relação, gastos de 9% do seu PIB para pagar 34% dos aposentados japoneses.
Não se pode ter a mesma solução  todas vezes quando se menciona o problema da Previdência, mexendo em apenas no aumento da idade de aposentadoria, como sugerido agora, 63 anos para as mulheres e 65 para os homens ou mesmo, no aumento no tempo de contribuição, pois essa conta muito em breve passará de 100 anos, já que estamos vivendo mais que nossos pais e avós.
Qual seria a mágica japonesa  neste caso ? Se for ter um PIB maior e uma população menor para  que essa conta  seja favorável, dificilmente o Brasil solucionará esse  problema mundial.
Parte da solução mais  a longo prazo para esta questão polêmica pode passar pela conscientização de um valor de recebimento uniforme a todos para aposentadorias, juntamente com o estímulo de contribuições individuais de previdência privada complementar, como parte de um  resgaste gradual, de uma poupança futura a ser construída !

sábado, 13 de agosto de 2016

Fim da Era COMMODITIES ?

Passados 8 anos da última grande crise econômica global temos a certeza que o ciclo de commodities se findou quando comparamos os valores de algumas principais ações brasileiras,  cotadas na Bolsa de São Paulo, em relação  ao IBOVESPA,  índice de referencia local. .
Em breve o índice IBOVESPA estará novamente em seu topo de pontos nominal de MAIO/2008 antes da crise, bastando apenas para isso, se valorizar 26%, enquanto a realidade de muitos  dos principais papeis de commodities é bastante distante dessa valorização.
Para os investidores que mantiveram em suas carteiras alguns dos principais papéis tradicionais do IBOVESPA, considerados até hoje, a realidade é bem diferente, quando se compara a expectativa de valorização para se voltar atingir ao mesmo topo de preço da época.
Os números são desalentadores quando olhamos o quanto falta para algumas das principais ações chegarem ao mesmo topo de preço, para as ações da Vale  faltam 149% de valorização; Petrobras 238%; Usiminas 990%;  Gerdau 303%; Siderúrgica Nacional-CSN 177%.
Já para o setor bancário o caminho é mais curto, condizente com a expectativa de valorização do IBOVESPA e para as ações do setor de consumo, esse, a realidade é bem diferente, pois o mesmo superou em muito o topo de preços ao longo desses anos, como para Lojas Americanas em 150%,; Lojas Renner 285%; Ambev 396%; Br Food 114% e Cia. Hering 525% que chegou a se valorizar em apenas 4 anos, Mar/2012 , 1280% do seu topo pré crise.
O setor elétrico, mesmo depois de tanta interferência governamental,  também conseguiu suplantar seu topo pré crise mas de forma mais modesta, perdendo ainda para a inflação do período.
A simples constatação acima é preocupante quando vemos que a riqueza do país trocou de mão nesses 8 anos, o setor de Commodities continua sendo ainda a principal fonte de divisa em nossa balança comercial e os investidores do mesmo, estão muito longe de recuperarem seus valores investidos !

sexta-feira, 24 de junho de 2016

BREXIT - QUEM PERDERÁ ??

A saída do Reino Unido da União Européia significará para o Mundo  um retrocesso comercial e também no crescimento, se repensando a partir desta a eficácia do formato atual  das economias globalizadas.
As Imigrações descontroladas que afetam majoritariamente a Europa como um todo nos dias atuais, devem também serem avaliadas como uma forma de Proteção, reforçando assim a ideia de uma maior descriminação entre povos.

Quem perde com a saída  do Reino Unido além da própria, é também a UE e o resto do Mundo, pois desta forma se abrirá caminho para que países queiram se proteger de regras políticas e de integração, gerando certamente fortes  Impactos financeiros globais  e fazendo mais uma vez, evaporar grandes valores e investimentos ao redor do mundo !
Com um crescimento moroso o Mundo volta agora a ter expectativas negativas e que esfriam as poucas projeções de uma recuperação no curto prazo, em um momento nebuloso já superado em parte pela crise iniciada em 2008 que arrastou alguns países da Zona do Euro e mostrou a fragilidade dos mesmos de forma nunca antes vista . 

terça-feira, 26 de abril de 2016

A PROVÁVEL CONFIANÇA !!

O cenário político das últimas semanas deu ao tom econômico com a possível  volta da confiança por parte dos investidores de um modo geral em um país que necessita crescer urgentemente e hoje se encontra teoricamente " barato" em relação ao seu potencial global. 
Alguns indicadores econômicos ainda vão demorar um pouco para mostrarem a mudança do pensamento e do comportamento pessimista por parte dos cidadãos comuns, empresários, associações, etc, ficando como sempre,  ao mercado financeiro,  o papel de se antecipar as tais mudanças.
O possível desfecho político que se desenha no curto prazo  já influência o Dólar, que por sua vez ameaça corrigir as distorções recentes e projeta se desvalorizar frente ao Real, que  muito em breve, poderá testar facilmente o seu nível de R$ 3,00/U$ Americano.   
Sendo coincidência ou não e para ajudar também na próxima onda otimista do Brasil, no qual é ainda muito dependente das commodities internacionais, tem ao seu favor agora, o  preço do Barril  de Petróleo (Crude Oil)  sustentado no patamar de U$ 42,00, que também parece ter encontrado um novo piso no curto prazo.
Com isso, notamos a antecipação de ventos favoráveis  futuros, gerando apostas otimistas entre os investidores e fazendo com que o mercado acinário nacional brasileiro no início de março/16, reverter-se o ciclo de baixa que durava 8 meses, e apontando agora para novos objetivos  de preços, como o patamar de 61.000 pontos para Ibovespa. 
Na economia real  deveremos notar ainda a forte recessão ao longo deste ano, levando o PIB a registrar uma queda perto de 4%, mas com boas possibilidades de reversão destas expectativas, já no final de 2016, tanto para a queda dos Juros, bem como para uma inflação mais declinante, ajudada por um dólar mais estável e tendo como mais importante, a Provável volta da Confiança Nacional ! 

domingo, 31 de janeiro de 2016

O CONSENSO DAS GERAÇÕES DO BRASIL !

Nos últimos meses tenho me dedicado a reflexão e ao entendimento das razões que permeiam o descontentamento geral do ambiente no qual o Brasil se transformou, conversando com  pessoas de diversos níveis sociais, profissionais e de diferentes idades, todas em plenas capacidades economicamente ativas.

O  forte consenso que encontrei  entre as três gerações pesquisadas, foi  o pensamento em  "Imigrar"  mundo a fora na busca de uma maior qualidade de vida, onde o respeito social e o espírito de coletividade venham a frente de tudo, pois estes infelizmente não foram atingidos  ao logo de suas  vidas, neste lugar chamado Brasil !  
Constatei uma enorme frustração  quanto as perspectivas de curto e médios prazos na  geração  "Baby Boomers ", cujo os mesmos buscaram o sucesso através da ambição e realização profissional, sendo que estes no momento, não encontram mais a luz e a esperança para manterem suas conquistas básicas das últimas décadas, a um custo das diversas renúncias pessoais.
A geração "X" um pouco mais nova e tendo a seu favor a experiência, engajamento profissional, aliados a uma forma de viver mais equilibrada em relação a sua antecessora, estes não acreditam mais em possibilidades de crescimento e de manutenção das atuais posições profissionais, diante da desaceleração  econômica em curso e do total descrédito institucional no qual o Brasil se perpetuou. 
Já a geração "Y", os nascidos na era tecnológica que estão hoje praticamente na base da pirâmide profissional, recém formados e empregados, não necessitaram de muitos esforços no último ciclo de crescimento  econômico e atingiram rapidamente certa independência financeira e pessoal, tendo o privilégio de escolherem onde trabalhar dada a farta demanda pelos mesmos, e agora, se deparam com a realidade das mudanças econômicas e seus reflexos, tornando-os assim, na geração de profissionais infelizes e de sonhos perdidos.
Intrigante e triste mesmo nisto tudo é a total falta de reação destas 3 gerações, de tantos valores e percepções  diferenciados, que se unem no mesmo pensamento  e  consenso, o de " Abandono da Pátria", como  a única forma de escolha de felicidade e bem estar pessoal, desacreditando em  quaisquer outras reações ou  possibilidades passíveis para se construir  um país, um povo e  um sonho de um futuro melhor !

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

QUAL SERÁ AGORA A VOCAÇÃO DO BRASIL ?

Com a atual queda do preço do Petróleo (Oil Crude) muito se fala na qual será a nova vocação do Brasil para voltar a ser um grande Players  no mercado internacional, já que o ciclo de infraestrutura impulsionado pela China parece ter chegado ao fim, com a forte demanda por commodities. 
Para sustentar esta afirmação, temos  um crescimento esperado para o gigante asiático abaixo dos 7% ao ano para a próxima década, e este parece começar a direcionar uma mudança de rota com  seu crescimento voltado para o mercado interno, consumo de sua população, com  mais ênfase para o setor de serviços, que sempre emprega boa parte da população.
Com um planeta pensando em novas fontes de energias renováveis. como sustentabilidade das gerações futuras, temos agora de nos reinventarmos até um novo ciclo de crescimento de infraestrutura surja, já que  somente o próximo se dará, quando o planeta olhar para o que sobrou de atraso global, a Africa.
Outro fator que sustenta o fim do atual ciclo de infra estrutura agressiva é a quantidade de cidades fantasmas que foram construídas na China a espera de um crescimento global que não veio ou seja, se prepararam para crescer e não houve o crescimento mundial correspondente para alocar pessoas e atividades econômicas nestas cidades construídas, muitas no meio do nada. 
Se não tivermos governantes que pensem em um novo caminho a ser seguido para o país diante da nova realidade global, seremos apenas uma potência que nunca aconteceu e ficaremos cada vez mais no atraso,  permanecendo no mesmo  grupo de países em desenvolvimento, onde esta condição nunca mudou por força, vontade e falta de planejamento dos comandantes sem visão de projetos longo prazo para o Brasil.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

AVALIAÇÃO TÉCNICA ou REALIDADE ECONÔMICA ?

Ao acompanharmos o mercado acionário brasileiro desde seu início onde as negociações eram realizadas na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, BVRJ, isso na década de 60 e após muitos anos,  com as negociações ganhando corpo e sendo transferidas para a praça de São Paulo, representado pelo atual  índice IBOVESPA, o que podemos notar desde então, é  uma evolução a longo prazo crescente com alternâncias de ciclos econômicos positivos e negativos.  

Analisando todo o percurso do mercado acionário nacional, incluindo-se o maior ciclo da década de 70, onde o choque dos preços do barril de petróleo influenciaram recessivamente o mundo e consequentemente afetaram  várias economias globais, observamos ciclos de desvalorizações médios de 88 meses de duração, aproximadamente.
Olhando pelo lado técnico avaliativo, segundo profissionais experientes de mercado, nos quais se dedicam aos estudos sobre o comportamento dos mercados, estaríamos segundo estes, chegando bem próximos do momento verdadeiro e decisivo para confirmarmos toda a história até o momento da evolução do nosso mercado de capitais brasileiro.
Já avaliando pelo lado real da economia brasileira, contemplando junto a esta um cenário de aprofundamento da crise atual, recheada das incertezas políticas e descrédito institucional que afugentam bons e importantes investimentos, teremos premissas suficientes para acreditarmos na mudança de rumo da evolução histórica do mercado acionário nacional.
O nível esperado por muitos analistas de mercado para que o índice IBOVESPA possa confirmar sua continuidade de evolução, encontra-se próximo dos 8.500 pontos em dólar, pois somente desta forma que podemos retroagir,  equiparar e visualizar tal evolução ao longo destes mais de 50 anos de existência, conforme ilustra o gráfico da Enfoque.
A questão é a dúvida sobre a afirmação técnica, confirmando-se a história econômica evolutiva ou quem sabe, uma mudança que redirecionará uma nova era de análises devido ao momento difícil no qual o país se encontra. Mas essa resposta só saberemos mesmo quando o mercado chegar ao ponto determinado e algo na economia real possa acontecer para que este, se justifique ou confirme a nova direção a ser seguida pelo IBOVESPA.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

2016, CRISE GLOBAL OU JOGO DE XADREZ ?

Quais são os reais motivos  para o patamar atual do preço do barril de petróleo, já que este  somente  foi atingido recentemente só na crise de 2008 (U$ 30,00) onde o mundo fazia projeções de crescimento mirabolantes, insustentáveis e pondo fim desta forma,  com o último ciclo de crescimento  e fazendo assim, sumir da economia global riquezas jamais vistas.
A queda da principal commoditie mundial, (crude oil), negociada em NY, parece dar o tom das atuais dificuldades nas quais o mundo passará nos próximos meses, seja mesmo  da forma mais concreta, através da desaceleração  através do freio  da China ou por razões geo-políticas possivelmente conhecidas.
No cenário atual, quando  ainda não temos  uma matriz energética alternativa para substituirmos o Petróleo em escala global, parece mesmo é que estamos assistindo um jogo de "xadrez" onde um acordo jamais visto entre forças econômicas globais, impõe geo-politicamente a deterioração das  economias produtoras de commodities, enfraquecendo-as  intencionalmente pois em outros tempos, a OPEP (Clube dos Produtores de Petróleo) já teria sustentado os preços como os fez durante o período de 2011 a 2014, em U$ 100,00 o barril.

O resultado desta estratégia, caso confirme o enfraquecimento econômico-militar de alguns chefes de Estado neste tabuleiro de xadrez global, será  perigoso para todos, pois possivelmente auto alimentará e aprofundará ainda mais a crise iniciada em 2008, gerando um mundo cada vez mais desigual, mais empobrecido para voltar a crescer e criando mais conflitos sociais de imigrações  desajustadas, como as vividas pela Europa atualmente.