domingo, 31 de janeiro de 2016

O CONSENSO DAS GERAÇÕES DO BRASIL !

Nos últimos meses tenho me dedicado a reflexão e ao entendimento das razões que permeiam o descontentamento geral do ambiente no qual o Brasil se transformou, conversando com  pessoas de diversos níveis sociais, profissionais e de diferentes idades, todas em plenas capacidades economicamente ativas.

O  forte consenso que encontrei  entre as três gerações pesquisadas, foi  o pensamento em  "Imigrar"  mundo a fora na busca de uma maior qualidade de vida, onde o respeito social e o espírito de coletividade venham a frente de tudo, pois estes infelizmente não foram atingidos  ao logo de suas  vidas, neste lugar chamado Brasil !  
Constatei uma enorme frustração  quanto as perspectivas de curto e médios prazos na  geração  "Baby Boomers ", cujo os mesmos buscaram o sucesso através da ambição e realização profissional, sendo que estes no momento, não encontram mais a luz e a esperança para manterem suas conquistas básicas das últimas décadas, a um custo das diversas renúncias pessoais.
A geração "X" um pouco mais nova e tendo a seu favor a experiência, engajamento profissional, aliados a uma forma de viver mais equilibrada em relação a sua antecessora, estes não acreditam mais em possibilidades de crescimento e de manutenção das atuais posições profissionais, diante da desaceleração  econômica em curso e do total descrédito institucional no qual o Brasil se perpetuou. 
Já a geração "Y", os nascidos na era tecnológica que estão hoje praticamente na base da pirâmide profissional, recém formados e empregados, não necessitaram de muitos esforços no último ciclo de crescimento  econômico e atingiram rapidamente certa independência financeira e pessoal, tendo o privilégio de escolherem onde trabalhar dada a farta demanda pelos mesmos, e agora, se deparam com a realidade das mudanças econômicas e seus reflexos, tornando-os assim, na geração de profissionais infelizes e de sonhos perdidos.
Intrigante e triste mesmo nisto tudo é a total falta de reação destas 3 gerações, de tantos valores e percepções  diferenciados, que se unem no mesmo pensamento  e  consenso, o de " Abandono da Pátria", como  a única forma de escolha de felicidade e bem estar pessoal, desacreditando em  quaisquer outras reações ou  possibilidades passíveis para se construir  um país, um povo e  um sonho de um futuro melhor !

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

QUAL SERÁ AGORA A VOCAÇÃO DO BRASIL ?

Com a atual queda do preço do Petróleo (Oil Crude) muito se fala na qual será a nova vocação do Brasil para voltar a ser um grande Players  no mercado internacional, já que o ciclo de infraestrutura impulsionado pela China parece ter chegado ao fim, com a forte demanda por commodities. 
Para sustentar esta afirmação, temos  um crescimento esperado para o gigante asiático abaixo dos 7% ao ano para a próxima década, e este parece começar a direcionar uma mudança de rota com  seu crescimento voltado para o mercado interno, consumo de sua população, com  mais ênfase para o setor de serviços, que sempre emprega boa parte da população.
Com um planeta pensando em novas fontes de energias renováveis. como sustentabilidade das gerações futuras, temos agora de nos reinventarmos até um novo ciclo de crescimento de infraestrutura surja, já que  somente o próximo se dará, quando o planeta olhar para o que sobrou de atraso global, a Africa.
Outro fator que sustenta o fim do atual ciclo de infra estrutura agressiva é a quantidade de cidades fantasmas que foram construídas na China a espera de um crescimento global que não veio ou seja, se prepararam para crescer e não houve o crescimento mundial correspondente para alocar pessoas e atividades econômicas nestas cidades construídas, muitas no meio do nada. 
Se não tivermos governantes que pensem em um novo caminho a ser seguido para o país diante da nova realidade global, seremos apenas uma potência que nunca aconteceu e ficaremos cada vez mais no atraso,  permanecendo no mesmo  grupo de países em desenvolvimento, onde esta condição nunca mudou por força, vontade e falta de planejamento dos comandantes sem visão de projetos longo prazo para o Brasil.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

AVALIAÇÃO TÉCNICA ou REALIDADE ECONÔMICA ?

Ao acompanharmos o mercado acionário brasileiro desde seu início onde as negociações eram realizadas na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, BVRJ, isso na década de 60 e após muitos anos,  com as negociações ganhando corpo e sendo transferidas para a praça de São Paulo, representado pelo atual  índice IBOVESPA, o que podemos notar desde então, é  uma evolução a longo prazo crescente com alternâncias de ciclos econômicos positivos e negativos.  

Analisando todo o percurso do mercado acionário nacional, incluindo-se o maior ciclo da década de 70, onde o choque dos preços do barril de petróleo influenciaram recessivamente o mundo e consequentemente afetaram  várias economias globais, observamos ciclos de desvalorizações médios de 88 meses de duração, aproximadamente.
Olhando pelo lado técnico avaliativo, segundo profissionais experientes de mercado, nos quais se dedicam aos estudos sobre o comportamento dos mercados, estaríamos segundo estes, chegando bem próximos do momento verdadeiro e decisivo para confirmarmos toda a história até o momento da evolução do nosso mercado de capitais brasileiro.
Já avaliando pelo lado real da economia brasileira, contemplando junto a esta um cenário de aprofundamento da crise atual, recheada das incertezas políticas e descrédito institucional que afugentam bons e importantes investimentos, teremos premissas suficientes para acreditarmos na mudança de rumo da evolução histórica do mercado acionário nacional.
O nível esperado por muitos analistas de mercado para que o índice IBOVESPA possa confirmar sua continuidade de evolução, encontra-se próximo dos 8.500 pontos em dólar, pois somente desta forma que podemos retroagir,  equiparar e visualizar tal evolução ao longo destes mais de 50 anos de existência, conforme ilustra o gráfico da Enfoque.
A questão é a dúvida sobre a afirmação técnica, confirmando-se a história econômica evolutiva ou quem sabe, uma mudança que redirecionará uma nova era de análises devido ao momento difícil no qual o país se encontra. Mas essa resposta só saberemos mesmo quando o mercado chegar ao ponto determinado e algo na economia real possa acontecer para que este, se justifique ou confirme a nova direção a ser seguida pelo IBOVESPA.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

2016, CRISE GLOBAL OU JOGO DE XADREZ ?

Quais são os reais motivos  para o patamar atual do preço do barril de petróleo, já que este  somente  foi atingido recentemente só na crise de 2008 (U$ 30,00) onde o mundo fazia projeções de crescimento mirabolantes, insustentáveis e pondo fim desta forma,  com o último ciclo de crescimento  e fazendo assim, sumir da economia global riquezas jamais vistas.
A queda da principal commoditie mundial, (crude oil), negociada em NY, parece dar o tom das atuais dificuldades nas quais o mundo passará nos próximos meses, seja mesmo  da forma mais concreta, através da desaceleração  através do freio  da China ou por razões geo-políticas possivelmente conhecidas.
No cenário atual, quando  ainda não temos  uma matriz energética alternativa para substituirmos o Petróleo em escala global, parece mesmo é que estamos assistindo um jogo de "xadrez" onde um acordo jamais visto entre forças econômicas globais, impõe geo-politicamente a deterioração das  economias produtoras de commodities, enfraquecendo-as  intencionalmente pois em outros tempos, a OPEP (Clube dos Produtores de Petróleo) já teria sustentado os preços como os fez durante o período de 2011 a 2014, em U$ 100,00 o barril.

O resultado desta estratégia, caso confirme o enfraquecimento econômico-militar de alguns chefes de Estado neste tabuleiro de xadrez global, será  perigoso para todos, pois possivelmente auto alimentará e aprofundará ainda mais a crise iniciada em 2008, gerando um mundo cada vez mais desigual, mais empobrecido para voltar a crescer e criando mais conflitos sociais de imigrações  desajustadas, como as vividas pela Europa atualmente.